Programa de seis pontos no controle da mastite bovina
Atualizado: 18 de mai. de 2020
A mastite é uma inflamação da glândula mamária causada pela entrada de micro-organismos no úbere via canal do teto, essa afecção é a pedra no sapato de grande parte dos produtores de leite, causando prejuízos no rebanho pela redução na produção, gasto com medicamentos, descarte de leite e penalização por alguns lacticínios.
A mastite pode se apresentar de forma clínica, quando há alterações no leite, como pus, grumo, sangue ou leite aquoso, ou na forma subclínica caracterizado pelo aumento de células somáticas, sem alterações visíveis no leite, úbere ou animal. Ainda na forma clínica pode haver inchaço do úbere e sinais sistêmicos na vaca acometida. Presume-se que para cada animal que apresenta um caso clínico, há 40 animais subclínicos.
Diversos são os microorganismos causadores da mastite, sendo que esses são classificados em ambientais e contagiosos.
O programa de 6 pontos para controle da mastite bovina é difundido em vários países pelo mundo, sendo esses:
1. Descarte e segregação dos animais acometidos: essa medida visa a redução da transmissão dos patógenos entre os animais. Os microorganismos contagiosos são adaptados à glândula mamária, sendo assim, alguns animais são fonte de infecção para outros, e por essa adaptação o animal pode não apresentar sintomas da doença. A recomendação é que se faça a análise da Contagem de Células Somáticas (CCS) individual de todos os animais, mensalmente, descartando ou segregando os animais crônicos (CCS acima de 200.000 céls/ml por mais de dois meses seguidos);
2. Limpeza e manutenção do equipamento de ordenha: A limpeza do equipamento de ordenha deve ser realizada seguindo os protocolos do veterinário responsável, além disso, as concentrações dos produtos devem ser sempre utilizadas de acordo com o rótulo. É necessário seguir o calendário preventivo de manutenção do equipamento de ordenha, evitando a disseminação de patógenos e lesões nos tetos dos animais;
3. Pré e pós-dipping: O pré-dipping deve ser realizado após o teste da caneca. O pós- dipping deve ser realizado depois da retirada do equipamento de ordenha. Os produtos mais indicados são aqueles a base de iodo, sendo encontrado em diversas marcas. O ordenhador deve-se atentar à imersão completa dos tetos nas soluções de pré e pós-dipping garantindo a redução completa dos patógenos, e assegurando a eficácia dos procedimentos;
4.Tratamento imediato dos casos clínicos: Em casos de alterações no leite deve-se realizar o tratamento com antibiótico intramamário, seguindo as recomendações de bula e atentando-se aos dias de carência no leite;
5.Terapia de Vacas secas: A secagem é o momento ideal para tentar curar os casos subclinicos, ainda, os primeiros dias da secagem e a semana que antecede o parto são de alto risco para colonização de bactérias, por isso, a recomendação é utilizar antibiótico intramamário para vacas secas 60 dias antes da data prevista de parto, curando os casos subclínicos e prevenindo novas infecções;
6. Ambiente de permanência dos animais: Deve-se atentar ao ambiente em que os animais permanecem, principalmente poucas horas antes e poucas horas pós ordenha, eliminando os fatores de risco, principalmente barro e matéria orgânica, além disso, os animais devem ter acesso à sombra, água fresca e comida de qualidade.
Por se tratar de uma doença multifatorial, é necessário fechar todas as portas de entrada dos patógenos, por isso, a presença do médico veterinário aliado à vontade do produtor e motivação da equipe de ordenha é imprescindível para redução da ocorrência de mastite nos rebanhos. A VetJr. possui uma equipe técnica preparada para auxiliar na melhoria da qualidade de leite e controle da mastite. Atuando junto ao produtor e equipe de ordenha nos principais gargalos da propriedade, oferecemos serviços como treinamento da equipe de ordenha, análise mensal do leite individual, e demais práticas melhorando o manejo sanitário.
Entre em contato conosco:
bovinocultura@vetjr.com
Celular VetJr.: 31 98292 7161
Comments