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  • Foto do escritorVetJr. UFMG

Plantas tóxicas para cães e gatos


A combinação de plantas e animais em um mesmo ambiente pode ser perigosa, uma vez que a maioria das plantas ornamentais utilizadas para decoração apresenta um potencial tóxico.


Apesar de que na rotina clínica veterinária, a intoxicação por plantas em animais domésticos seja menos frequente que a incidência de doenças infecciosas, a intoxicação por tais plantas pode ocorrer, sendo capazes de causar danos à saúde quando introduzidos no organismo de animais e por isso seu estudo tem grande importância na clínica veterinária.


A falta de informação dos proprietários é, na maioria das vezes, o maior responsável pela intoxicação por plantas em pequenos animais, uma vez que muitos não sabem quais plantas são tóxicas para seus pets. Na maioria dos casos, a via de intoxicação é oral, mas em algumas situações apenas o contato físico já é o suficiente para causar sinais clínicos clássicos de intoxicação. Diante disso, a presença dessas em locais públicos ou particulares, como no interior de casas, quintais, jardins e parques, pode ser perigosa.


Dessa forma, abaixo se encontra uma lista com algumas das plantas tóxicas mais comumente encontradas:

  • Palma de Ramos (Cycas revoluta)

  • Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta)

  • Costela de Adão (Monstera deliciosa)

  • Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata)

  • Filodendro (Philodendron)

  • Folha da fortuna (Kalanchoe spp)

  • Lírio (Lilium spp. e Hemerocallis spp)

  • Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica)

  • Azaleia (Rhododendron simsii)

  • Samambaia (Pleopeltis pleopeltifolia)

  • Cheflera (Schefflera arboricola)

  • Primula ou primavera (Primula abconica)

  • Arnica (Arnica Montana)

  • Bico de papagaio (Euphorbia pulcherrima Wiild.)

  • Coroa de cristo (Euphorbia milii)

  • Espirradeira (Nerium oleander)

  • Hibisco (Hibiscus)

  • Violeta (Saintpaulia ionantha)

  • Lírio da paz (Spathiphylum wallisii).

  • Hortênsia (Hydrangeia macrophylla)

  • Mamona (Ricinus communis)

Vale ressaltar ainda que alguns fatores contribuem para aumentar essa incidência, como curiosidade, tédio, idade do animal e mudança de ambiente. Devido à curiosidade e ao tédio ou por uma nova dentição, os filhotes tendem a mordiscar bulbos, folhas ou caules como forma de distração, podendo ingeri-los acidentalmente. Animais mais velhos, por possuírem reações metabólicas prejudicadas, e filhotes, por possuírem um metabolismo imaturo e uma eliminação deficiente, são potencialmente mais sensíveis a intoxicações. Mudanças no ambiente, sejam físicas ou a introdução de outros animais ou pessoas, podem gerar curiosidade ou apetite depravado, culminando para essa ingestão e possível intoxicação pelas plantas.


Os sinais clínicos para a intoxicação por plantas tóxicas são inespecíficos, podendo variar entre náuseas, vômito, constipação, oligúria, polidpsia, distúrbio respiratório, hipertermia, hiperemia, secura da pele e mucosas, entre outros, podendo ser confundidos com doenças infecciosas e/ou parasitárias. Assim, o diagnóstico feito pelo médico veterinário responsável deve ser feito com base no histórico de exposição à planta, alterações clínicas e duração destas. Para um reconhecimento preciso da intoxicação em questão é preciso ter familiaridade com as plantas da região e é necessário o relato do contato com a planta, ou verificar a presença de partes delas no vômito dos animais.


A maioria das intoxicações por plantas em cães e gatos não têm uma elevada taxa de mortalidade desde que o tratamento seja precoce. Dessa forma, em casos de suspeita de intoxicação a abordagem médico veterinária precoce é extremamente importante.


Neste contexto, a Vetjr. oferece serviços de consultoria e prestam auxílio a tutores e criadores, objetivando um manejo correto e os cuidados imprescindíveis à saúde e bem estar dos pets!


Escrito por: Matheus Santini.


Entre em contato conosco:

pequenosanimais@vetjr.com

Celular VetJr.: 31 9 8292-7161  


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