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Foto do escritorVetJr. UFMG

Enriquecimento ambiental para cachorros filhotes

Atualizado: 19 de jan. de 2023


O enriquecimento ambiental pode ser utilizado em qualquer espécie de animal doméstico ou em cativeiro e tem como objetivo fazer com que ele expresse seu comportamento natural, se distraia, desenvolva novas habilidades, gaste energia e aguce seus sentidos, sobretudo visão, audição e olfato. No caso dos cães, o enriquecimento deve ser realizado baseado, entre outros aspectos, na faixa etária de cada animal. Nesse sentido, os cachorros filhotes estão sujeitos a diferentes estresses que podem resultar em mudanças comportamentais importantes: quem nunca teve um chinelo destruído por um filhote?



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Os animais jovens estão submetidos a situações específicas, como a separação da mãe ou da ninhada, o desmame, a mudança de rotina e de ambiente e o fato de não poderem passear antes da cobertura vacinal completa. Além disso, o modo como os filhotes percebem o ambiente ao redor e interagem com os objetos difere dos cachorros adultos, pois possuem mais curiosidade e energia. Isso tudo necessita ser levado em conta durante o enriquecimento ambiental.


Existem diferentes estímulos (físicos, sensoriais, alimentares, cognitivos e sociais) e a combinação de cada um na rotina do cachorro é crucial na manutenção do bem-estar. O enriquecimento social, no caso de filhotes, não inclui interagir com cães que vivem em locais diferentes em decorrência do fato de não terem um sistema imune bem estabelecido e não terem completado o esquema vacinal. Dessa forma, essa socialização deve ser feita por meio de brincadeiras com o filhote. Brincar de cabo de guerra com uma corda estimula a socialização e afetividade do filhote com o tutor, além de auxiliar no desenvolvimento da musculatura facial e na musculatura dos membros.


O estímulo cognitivo é baseado na solução de algum problema e pode ser implementado junto com o sensorial e o alimentar. Assim, podemos colocar vários potes virados de cabeça para baixo e somente uma pequena parcela deles com um petisco escondido em baixo, estimulando o olfato do animal. Além disso, brincar com o filhote jogando bolinhas de plástico e retribuindo com um agrado alimentar caso ele traga ela de volta também é interessante. Contudo, é crucial que os petiscos oferecidos sejam específicos para animais em fases iniciais da vida e que os brinquedos sejam de material atóxico, resistente e de tamanhos específicos de acordo com o porte e tamanho do cão.



Já o estímulo físico é baseado em realizar mudanças no espaço em que o animal fica. Ele pode ser implementado com a adição de obstáculos em que os filhotes devem pular para ultrapassar, outros em que podem subir para descansar ou até mesmo caixas onde podem se esconder. Para além disso, um obstáculo interessante e barato seria colocar um cabo de vassoura inclinado, o que estimula o cão a pular ou passar por baixo. Entretanto, tais medidas implementadas não devem oferecer risco ao animal e deve-se levar em conta a altura dos objetos, se possuem partes que possam se soltar dependendo do peso do animal, bem como uma estrutura estável.


Assim, essa diversidade de estímulos gera consequências positivas para os filhotes, como a felicidade, diminuição da frequência de doenças e de comportamentos estereotipados de estresse. Nesse contexto, é importante que essas mudanças sejam acompanhadas de perto e que sejam específicas de acordo com o porte e idade do animal.


Por isso, se você gostou e tem interesse em saber outras maneiras de enriquecer o ambiente em que seu cachorro filhote está se desenvolvendo de forma prática, entre em contato com a consultoria de Pequenos Animais da VetJr. e nós vamos te ajudar!







Texto escrito por: Daniel Cravo


Entre em contato conosco:

Email: pequenosanimais@vetjr.com

Celular VetJr.: 31 9 8292-716



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