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Castração: importância e curiosidades

Atualizado: 28 de jun. de 2021


O abandono de cães e gatos é um problema persistente na sociedade brasileira em geral. Um dos principais causadores do abandono é o descontrole populacional e as ninhadas indesejadas, que poderiam ser evitadas com a castração cirúrgica.

A castração é, principalmente, uma medida de controle populacional. Além de impedir a reprodução descontrolada, resultando em um acréscimo de animais errantes e que não recebem todos os cuidados necessários e essenciais para a manutenção de sua qualidade de vida, castrar, em muitos casos, também reduz a incidência de doenças, principalmente aquelas relacionadas ao trato reprodutor.

Dentre as injúrias que são favorecidas pela não castração do animal, pode-se destacar, no caso de machos, câncer de testículo, de próstata e infecções no órgão genital. E em fêmeas, uma gama maior de doenças é abrangida, como tumores de mama hormônio-dependentes; infecção uterina, mais conhecida como piometra; prolapso vaginal; câncer e infecções no órgão genital e doenças ovarianas, como cistos ou tumores.

Outro fator de destaque e que é reduzido são as complicações durante e após o parto, principalmente em cadelas que não recebem acompanhamento pré-natal e durante a parição. Muitas vezes, as vidas de mãe e filhotes são colocadas em risco. Com a esterilização animal, a prenhez é evitada, assim como estes quadros, que podem ser fatais.

A castração ainda engloba a diminuição de marcação de território, feita principalmente pelos machos e, na maioria dos casos, a redução da agressividade, o que melhora a convivência com outros animais e humanos. Ainda, as fugas, frequentemente em busca de acasalamento, diminuem bastante! Ademais, um ponto de relevância e alcançado de forma indireta é a menor incidência de zoonoses, visto que com a população animal controlada, a quantidade de bichinhos sem cuidados adequados e fora de programas preventivos diminui.

Muitos tutores têm dúvidas quanto à realização do procedimento cirúrgico. Nos machos, os testículos são removidos e, em fêmeas, geralmente, ovários e útero. A recuperação é tranquila, sendo necessário o uso de roupinha cirúrgica e/ou colar elizabetano, impedindo que o animalzinho mexa no local de incisão, o que pode predispor ao rompimento de pontos ou infecções. Ainda, medicamentos podem ser receitados pelo médico veterinário para o pós-operatório e sua administração deve ser plenamente seguida, conforme orientação. Uma consideração importante é que, ao ser submetido a qualquer procedimento cirúrgico, o animalzinho deve estar com a vacinação em dia!

Uma questão bastante abordada é a idade adequada para a realização da castração. Nas fêmeas, acredita-se que o ideal é que a cirurgia seja feita entre 5 e 6 meses de vida, antes do primeiro cio, em que as chances de desenvolvimento de doenças como o câncer de mama são reduzidas a cerca de 3%. Nos machos, a cirurgia também costuma ser recomendada a partir dos 6 meses de idade, porém é imprescindível a análise adequada feita pelo veterinário, visto que a idade mais recomendada pode variar dependendo da raça do cão ou gato e de suas particularidades.

Contudo, estudos recentes apresentam controvérsias em relação à prevenção de doenças decorrentes da castração. A literatura já chega a relatar que em algumas raças, castrar em determinados períodos da vida do animal ou, ainda, apenas sua submissão a esta cirurgia aumentou a incidência de alguns tumores, doenças articulares, incontinência urinária, entre outros. Por isso, é fundamental a avaliação junto a um médico veterinário de confiança e a análise de prós e contras, diante de cada caso e particularidades do animalzinho, para que a melhor decisão seja tomada.

Logo, a castração é um considerável evento da vida do pet, com duas linhas exploradas, apoiando ou não sua realização, dependendo de cada situação. Assim, é indispensável o acompanhamento de um profissional qualificado na decisão de realização da cirurgia, no pré, durante e pós operatório, garantindo a saúde e integridade animal. Ainda, é importante destacar que se trata de uma cirurgia e, mesmo com riscos pequenos, eles existem. Procure sempre o auxílio do veterinário do seu pet!


Escrito por: Lorrany Pabline.


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