Desmentindo a fake news: "FRANGO COM HORMÔNIO"
Os consumidores, buscando comer de maneira saudável, se preocupam com um velho e conhecido mito a respeito da carne do frango: “frango de granja tem hormônios”, afinal porque eles crescem tão rápido?!
O uso de hormônios na produção avícola é expressamente proibido no Brasil, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, desde o ano de 2004. Apesar disso, o mito continuou a ganhar força e ser disseminado pelos próprios consumidores. Por causa disso, o MAPA orientou que empresas do setor avícola desmentissem o rumor nas próprias embalagens com frases como “frango livre de hormônios”.
O frango atinge a fase apropriada para o abate em cerca de 40 a 45 dias, menos da metade do tempo que era necessário para a criação de uma ave de corte no passado. O hormônio, no entanto, nada tem a ver com o rápido crescimento do animal. Esse crescimento acelerado do frango está relacionada a um intenso programa de melhoramento genético, que trouxe uma genética específica e padronizada para as granjas, implementou protocolos de sanidade, programas de nutrição e manejo de qualidade de alto rigor técnico.
O melhoramento genético traz genes específicos de deposição de tecido muscular, para que o animal tenha o potencial máximo de conversão alimentar das proteínas em músculos. Aliado a isso, os programas de nutrição são específicos para cada fase de vida do animal, a fim de fornecer nutrientes necessários para que a deposição máxima de células musculares ocorra. Para isso, pesquisas foram realizadas para testar em qual fase de vida do animal, há maior conversão alimentar de proteínas para o tecido muscular e em qual fase há maior conversão de carboidratos e gordura para a engorda. Dessa maneira, contribui-se para garantir que o animal se torne cada vez mais rico em carne magra.
Todos os protocolos de melhoramento, nutrição e sanidade aliados garantem que a produção de frango no Brasil seja extremamente segura para os seus consumidores, fato esse que seria impossível cumprir se houvesse tratamentos à base de hormônios. Pesquisas apontam que o uso de hormônio não traz diferenças significativas para o desempenho das aves na produção (Scheuermann, 2015) Além disso, o alto custo para aquisição de hormônios, sendo onerosos mesmo em tratamentos médicos ou veterinários, faz com que este seja inviável economicamente. Juntando a ineficácia do tratamento e os altos custos embutidos, pode-se notar que é inútil e dispendioso financeiramente a utilização de hormônios na produção.
Nesse contexto foi realizada uma pesquisa com objetivo de conhecer a opinião dos consumidores acerca do tema. De acordo com Ferreira, Daniela K et al, foi verificado que, das 114 pessoas entrevistadas, 58% delas acreditam na utilização de hormônios na criação de frango, 35% não acreditam que seja utilizado e 7% dos entrevistados não souberam opinar a respeito. Dentre os consumidores que responderam à pesquisa, 46% afirmam preferir marcas de carne de frango que possuam na embalagem a informação “não contém hormônio”.
Diante disso, é necessário que todos atuemos na desmistificação desta fake news. A carne de frango deve ser produzida com máxima segurança alimentar e com protocolos sanitários, nutricionais e genéticos eficientes. Entre em contato com a VetJr., construa um manejo de qualidade e surpreenda seus clientes!
Escrito por: Amanda Sousa
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Referências:
[1] SCHEUERMANN, G. N.2015. Mitos na produção avícola – a questão dos hormônios. Disponível em: http://docplayer.com.br/5264640-Mitos-na-producao-avicola-a-questao-dos-hormonios.html.
[2] FATORES DETERMINANTES DO RENDIMENTO DE CARNE MAGRA http://www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/anais0104_hackenhaar.pdf
[4] O MITO DO HORMÔNIO NA CARNE DE FRANGO
Revista Eletrônica Biociências, Biotecnologia e Saúde, Curitiba, n. 18, maio-ago. 2017.
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