VetJr. UFMG
Biosseguridade: 4º, 5º e 6º elos
Bem-vindo de volta ao nosso blog, onde continuaremos a explorar os alicerces fundamentais da biosseguridade. Como destacamos anteriormente, cada um dos 9 elos desempenha um papel crucial na defesa contra a propagação de agentes patogênicos, contribuindo para a preservação da saúde pública e ambiental, bem como para manter a produtividade e a rentabilidade das exportações agrícolas. Aqui, nosso foco relembra os detalhes do quarto, quinto e sexto elo - Vigilância epidemiológica, controle de vetores e pragas e biosseguridade na alimentação.
4º -Vigilância epidemiológica
A vigilância epidemiológica é a sentinela incansável da granja, monitorando a saúde dos animais e o ambiente em busca de sinais de doenças. O objetivo é a identificação precoce de possíveis ameaças, permitindo ações imediatas de contenção e controle.
Exemplos de Práticas:
Monitoramento constante da saúde dos animais: Exames clínicos, sorológicos e necropsias regulares.
Sistema de notificação de doenças: Canais de comunicação claros e eficientes para registrar e comunicar suspeitas.
Testes periódicos para doenças de interesse, considerando a epidemiologia em que a granja se encontra.
Análise de dados de produção e mortalidade: Busca por padrões e tendências que indiquem problemas de saúde.
Rastreamento da origem dos patógenos. Isso envolve investigar possíveis fontes de infecção, seja dentro da própria granja, através da análise das práticas de manejo e das condições sanitárias, ou externamente, considerando o contato com outras fazendas, a presença de vetores ou a exposição a agentes patogênicos ambientais.
Devem ser incluídos protocolos de vacinação, higiene e manejo sanitário adequados, além de restrições e registros de movimento de animais e visitantes, e outras alternativas destinadas a reduzir o risco de doenças e manter a saúde dos rebanhos.
5º - Controle de vetores e pragas
Vetores e pragas, como moscas, roedores e aves silvestres, representam um risco constante à biosseguridade. Podem ser portadores de doenças e patógenos, representando risco aos humanos e animais, além de causar danos às instalações e deterioração de alimentos. O controle rigoroso desses intrusos é crucial para a saúde animal e a produtividade da granja.Exemplos de Práticas:
Programa de controle integrado de vetores e pragas: Medidas físicas, químicas e biológicas para eliminar e prevenir infestações.
Controle físico: Implementação de medidas físicas, como telas em janelas e portas, redes mosquiteiras e armadilhas, para impedir a entrada e a fiscalização de vetores e proteção em ambientes fechados.
Controle químico: Utilização de pesticidas e produtos químicos para matar ou repelir vetores e práticas. No entanto, isso deve ser feito com cuidado para evitar impactos negativos na saúde humana e no meio ambiente.
Controle biológico: introdução de vetores naturais ou agentes patogênicos específicos para controlar a população de vetores e diretivas. Isso pode ser uma abordagem mais sustentável e menos prejudicial ao meio ambiente do que o uso de produtos químicos.
Eliminação de criadouros e esconderijos: Manter a granja limpa e organizada, sem locais para proliferação, como acúmulo de matéria orgânica e água.
Telas, armadilhas e repelentes: Impedir a entrada de vetores e pragas nas instalações.
Monitoramento constante da população de vetores e pragas: Ações corretivas sempre que necessário.
6º - Biosseguridade na alimentação
Esse aspecto aborda não apenas a segurança dos alimentos fornecidos, mas também a qualidade e a integridade nutricional, além do fornecimento de uma dieta equilibrada e nutritiva. Esses são fatores que afetam a produtividade e a saúde dos animais, tornando o animal menos suscetível a desenvolver doenças e impactando na biosseguridade.Exemplos de Práticas:
Aquisição de insumos de fornecedores confiáveis: Certificação de qualidade e procedência dos alimentos.
Armazenamento adequado dos alimentos: Local seco, fresco e protegido de pragas e roedores.
Boas práticas de higiene na manipulação e distribuição dos alimentos: Minimizar o risco de contaminação.
Monitoramento da qualidade dos alimentos: Testes periódicos para detectar contaminações.
Conclusão
Relembramos que cada elo deve ser considerado para que a granja tenha sucesso na biosseguridade, uma vez que a não implementação de medidas que contribuam para cada um dos elos representa um risco para todo o sistema de produção. Ao fortalecer os elos, não apenas mitigamos os riscos de surtos e perdas na produção, mas também promovemos o bem-estar dos animais, e a segurança dos trabalhadores e consumidores. É essencial que continuemos a priorizar e aprimorar esses aspectos da biosseguridade para enfrentar os desafios emergentes e garantir a resiliência de nossos sistemas agrícolas no futuro.
Escrito por: Agatha e Lorena.
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