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Doenças de casco em vacas leiteiras
Atualizado: 18 de mai. de 2020
As doenças de casco estão entre as 3 maiores causas de descarte involuntário das fazendas, juntamente com problemas reprodutivos e mastite; caracterizando um grande desafio da pecuária leiteira e gerando grandes perdas econômicas para o setor.
Apresentando origem multi-fatorial, as doenças de casco se sustentam em cima de uma tríade, que envolve fatores genéticos, distúrbios nutricionais e fatores ambientais, como mostrado na figura abaixo.
Fatores genéticos determinam as características do conjunto pernas e pés e definem o formato do conjunto, taxa de crescimento do tecido córneo e condições de aprumos. Aprumos irregulares, crescimento exacerbado ou diminuído dos cascos afetam o apoio e a passada dos animais, podendo dificultar sua movimentação e predispor a doenças de casco.
Vacas de alta produção geralmente recebem uma dieta rica em proteínas e carboidratos e o desbalanço nutricional pode ocasionar distúrbios ruminais gerando substâncias vaso-ativas que desestabilizam a circulação sanguínea nas lâminas dos cascos, provocando necrose dos tecidos e assim desenvolvendo laminite.
Algumas doenças de casco podem ser causadas por agentes infecciosos, e a compra de animais de outras propriedades representa a principal forma de introdução desses agentes no sistema produtivo.
O ambiente pode se apresentar úmido a partir do acúmulo de matéria orgânica e urina em confinamentos e piquetes com alta densidade animal. Além disso, áreas de baixada podem gerar acúmulo de barro, contribuindo para o aumento drástico dos casos de doenças de casco no período chuvoso. A umidade mantém os cascos moles e, portanto, mais susceptíveis às lesões traumáticas e penetração de microorganismos, tendo como agravante os pisos abrasivos, trajetos com pedras, pregos, etc.
Superlotação, cama inadequada em confinamentos e estresse térmico, mantém os animais em estação por tempo prolongado, exercendo uma grande pressão sobre os cascos e assim, contribuindo para o aparecimento de doenças.
Dieta balanceada, realização de um minucioso exame clínico dos cascos antes de adquirir animais, ambiente adequado e densidade animal controlada, constituem medidas importantes para a diminuição das doenças de casco, que associadas ao casqueamento e pedilúvio apresentam eficiência maximizada. É importante manter uma rotina de casqueamento preventivo 1 a 2 vezes por ano para correção de cascos e identificação prematura de problemas, além de casqueamento corretivo sempre que houver necessidade. Além disso, as vacas em lactação devem passar por lava-pés seguido de pedilúvio 3 a 5 vezes na semana utilizando Formalina 3% ou Sulfato de Cobre 5% para diminuir a ocorrência de doenças de casco infecciosas.
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